A ação social intitulada como ‘geladeira comunitária’ foi bem aceita pela população do bairro Coronel Antonino no início, mas diante do crescimento da onda de furtos provocadas pelos usuários de drogas, que também aproveitam o espaço para se alimentar, o lugar passou a ser um tormento e uma dor de cabeça para os moradores da região de Campo Grande.
O espaço dedicado para a construção da geladeira e a ajuda comunitária fica no cruzamento das ruas Rio de Janeiro com Coronel Estevão Alves Corrêa e têm sido bem aceita, mas o empecilho realmente se transformou na crescente de moradores de rua que praticam delitos.
Além de furtos de fiação, furtos e invasões nas residências, acrescida ao fato de danos materiais também atormentam a população da região norte. Um morador, que preferiu não se identificar, relatou que já teve o veículo riscado e um para-brisa arrebentado.
“Alguns veículos sofrem vandalismo, como amassados, riscados e para-brisas quebrados. Houve aumento expressivo de furtos na região, que antes era muito calma”, relatou o morador.
O denunciante também explica que os moradores estão buscando continuar as vidas, mas estão arcando com os prejuízos e tentam driblar a onda de furto, que já deixou dor de cabeça para outras pessoas que tiveram de materiais de trabalho até moto levada.
“[A gente] está tentando ter mais cuidado, não deixando veículos estacionados do lado de fora da casa, reforçando a segurança da casa, entre outras medidas”, acrescenta.
“Não sou contra o serviço social. Muito gente que ali vai, realmente, são pessoas pobres, trabalhadoras, mas que ganham muito mal ou estão desempregadas e que precisam daquela ajuda. O problema está na parcela que eu chamo de exceção, que são usuários de drogas”, disse.
Em relação à manutenção, o morador se mostrou factível, mas sabe que precisará haver mudanças na condução da ação social para evitar novas ondas de furto. Caso exista a necessidade de troca de local, o homem também aproveitou para sugerir um espaço que não daria tanto trabalho.
“Sugeri às autoridades é que se trocasse o lugar, para um lugar que não há moradias, como na região do parque dos poderes ou outro lugar, para que moradores não viessem a sofrer com atos de furto, roubo e vandalismo desse pessoal”, conclui.
A reportagem procurou a Polícia Militar para saber sobre o policiamento da região e aguarda o retorno.