Crimes virtuais fazem casos de estelionato triplicar em Mato Grosso do Sul em uma década

Golpe do Pix, falsas propostas de emprego, bilhete premiado… Crimes de estelionato se tornaram cada vez mais comuns e têm crescido significativamente em Mato Grosso do Sul. Nos últimos dez anos, o Estado contabilizou 68.168 crimes desta modalidade.

De 2014 a 2023, as transgressões desse tipo registraram crescimento exponencial, passando de 3.421 vítimas em 2014 – quando a série histórica começou a ser contabilizada – para 13.938 no ano passado. Em uma década, os casos de estelionato triplicaram no Estado. Os dados são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), disponibilizados na plataforma SIGO Estatística.

Podendo ocorrer de diversas formas, o crime de estelionato está descrito no artigo 171 do Código Penal, e consiste em “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. Na prática, ainda possui especificações, a partir das quais as penas podem mudar:

Contudo, é pela sofisticação dos golpes – a maioria utilizando a internet – que os criminosos encontram espaço para seguir na prática. E com uma sociedade cada vez mais conectada, o número naturalmente tende a crescer.

Delegado adjunto da Depac, Rodrigo Alencar Machado, explica que os criminosos tendem a se aproveitar da vulnerabilidade das vítimas para praticar os crimes.

 

CotidianoCrimes virtuais fazem casos de estelionato triplicar em Mato Grosso do Sul em uma década

 

Com a pandemia de Covid-19, os casos de estelionato registraram alta expressiva em Mato Grosso do Sul

 

Lethycia Anjos

 

13/01/2024 – 07:14

 

Golpe do Pix, falsas propostas de emprego, bilhete premiado… Crimes de estelionato se tornaram cada vez mais comuns e têm crescido significativamente em Mato Grosso do Sul. Nos últimos dez anos, o Estado contabilizou 68.168 crimes desta modalidade.

 

De 2014 a 2023, as transgressões desse tipo registraram crescimento exponencial, passando de 3.421 vítimas em 2014 – quando a série histórica começou a ser contabilizada – para 13.938 no ano passado. Em uma década, os casos de estelionato triplicaram no Estado. Os dados são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), disponibilizados na plataforma SIGO Estatística.

 

Número de vítimas de estelionato entre 2014 e 2024 (Madu Livramento, Midiamax)

 

Podendo ocorrer de diversas formas, o crime de estelionato está descrito no artigo 171 do Código Penal, e consiste em “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. Na prática, ainda possui especificações, a partir das quais as penas podem mudar:

Estelionato contra o idoso – cometido contra maiores de 60 anosVirtual –

quando o crime é cometido por meio da internetSentimental – cometido contra o parceiro utilizando o afeto para obter vantagem ilícitaReligioso –

que utiliza a fé como meio para cometer atos fraudulentos

Contudo, é pela sofisticação dos golpes – a maioria utilizando a internet – que os criminosos encontram espaço para seguir na prática. E com uma sociedade cada vez mais conectada, o número naturalmente tende a crescer.

Delegado adjunto da Depac, Rodrigo Alencar Machado, explica que os criminosos tendem a se aproveitar da vulnerabilidade das vítimas para praticar os crimes.

“Harmonia social exige a boa-fé nas relações sociais. Assim, o crime de estelionato tem como função garantir que as negociações entre os indivíduos sejam pautadas pela boa-fé”, destaca.

A pena para esse crime é de um a cinco anos de reclusão e multa. Quando o crime ocorre por meio virtual, a pena passa a ser de quatro a oito anos e multa, considerando a possibilidade de maior alcance de vítimas.

“Um golpe que está ascendência é a emissão de boletos falsos para pagamento de contas de água, energia elétrica e quitação de empréstimos, sendo este, normalmente, com um grande desconto no valor”, afirma o delegado.

 

 

 

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