Polícia Científica coleta material genético de presos condenados.

A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, através do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), realizou a coleta de material genético de 150 detentos no município de Três Lagoas. A ação, que ocorreu com base na Lei N.º 12.654 de 2012, envolveu cerca de 21 servidores e abrangeu o Estabelecimento Penal Feminino, a Penitenciária de Três Lagoas e a Colônia Penal Industrial “Paracelso de Lima Vieira Jesus”.

Os condenados submetidos à coleta foram selecionados com base em crimes como homicídios, feminicídios, roubos e delitos sexuais. De acordo com a legislação, a coleta de material genético é obrigatória para esses indivíduos, visando sua identificação criminal.

Conduzida por peritos oficiais do IALF e da Unidade Regional de Perícia e Identificação de Três Lagoas (Urpi-TL), a operação seguiu os procedimentos legais rigorosamente. Segundo Josemirtes Fonseca Prado da Silva, diretora do IALF, as amostras serão integradas aos Bancos Estadual e Nacional de Perfis Genéticos, que têm papel crucial na comparação de vestígios coletados em cenas de crime e na identificação de criminosos.

“Esses dados, mantidos sob sigilo, são essenciais para a resolução de crimes, para comprovar a inocência de suspeitos e para conectar investigações em diferentes níveis policiais. Só em 2024, o banco de perfis genéticos de Mato Grosso do Sul já auxiliou em cinco investigações, contribuindo decisivamente na determinação de autoria criminal”, destacou a diretora.

O Mato Grosso do Sul faz parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que reúne 23 laboratórios de genética forense em todo o Brasil. Criado em 2013, o Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) é uma ferramenta vital nas investigações criminais, com mais de 220 mil perfis cadastrados, especialmente de pessoas envolvidas em crimes violentos e abusos sexuais.

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