A Polícia Civil prendeu duas pessoas e apreendeu um adolescente suspeitos de envolvimento na tentativa de homicídio ocorrida na tarde de terça-feira (5), no bairro Jardim Canaã IV, em Dourados.
A vítima, um jovem de 19 anos, foi baleada no peito e no braço. A polícia acredita que o crime esteja diretamente ligado à disputa por território entre facções criminosas na região.
Segundo o delegado Lucas Veppo, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), a ação policial foi rápida e resultou na apreensão dos três suspeitos. Um adolescente de 15 anos e um homem de 32 anos são apontados como os executores do crime, enquanto uma mulher, de 26 anos, teria dado apoio logístico ao ataque.
O delegado explicou que a mulher foi responsável por esconder as armas de fogo, queimar as roupas usadas no crime e dar abrigo a um dos envolvidos. Na casa dela, a polícia ainda encontrou maconha e haxixe, o que resultou em sua autuação por tráfico de drogas.
Relação com facções
De acordo com as investigações, o homem de 32 anos, que seria natural do Paraná mas morava no Paraguai, é um indivíduo de alta periculosidade e integrante de uma facção criminosa.
“Ele veio mandado ao Mato Grosso do Sul com essa missão de praticar essa execução aqui em Dourados na companhia desse adolescente”, afirmou o delegado. Ele seria o mentor da ação, planejando o ataque e as armas a serem utilizadas.
O adolescente, de 15 anos, também participou do crime. A polícia acredita que ele agiu por ter uma desavença anterior com a vítima, mas também a mando de uma facção.
O delegado Veppo reforça a hipótese de que a vítima foi alvejada por ser testemunha do homicídio de outro adolescente, Vitor Fabrício Ojeda Silva, de 15 anos, ocorrido em maio no mesmo local.
“Nós acreditamos que a vítima de ontem, que havia sido testemunha do crime anterior, que estava no local quando o crime anterior foi praticado, tenha sido alvejada em decorrência dessa disputa por territórios de drogas, territórios das facções que disputam aquela região”, disse o delegado.
Os três suspeitos estão presos e as investigações continuam.
Fonte: MS News