A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investiga um caso suspeito de intoxicação por metanol que terminou na morte de um jovem de 21 anos, em Campo Grande. O fato teria ocorrido após a ingestão de uísque e cachaça, respectivamente, no sábado e no domingo.
Após ter consumido os produtos, o rapaz passou mal e foi encaminhado na quinta-feira (2/10) à UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) Universitário. Ele estava consciente, reclamando de mal-estar gástrico, náuseas e vomitando líquido escuro.
De acordo com o Campo Grande News, amostras de sangue e urina foram coletadas para perícia no IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal).
Apesar do boletim de ocorrência relatar que ele bebeu whisky no sábado e cachaça no domingo, depoimentos da família mostram que ele comprou um garrafa de pinga na quarta e amanheceu na quinta-feira passando mal.
Ele então foi encaminhado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a UPA, onde deu entrada ontem (2), às 18h20, de onde saiu morto cerca de duas horas depois.
A respeito da bebida ingerida, a mãe do jovem disse à polícia que ela teria sido comprada em um supermercado. Já o irmão, afirmou que adquiriu a cachaça em uma conveniência, a pedido dele, porque o comércio estava fechado.
Ontem, a UPA reteve o frasco da bebida, conforme protocolo da Rede Municipal de Saúde, e recolheu amostras de sangue e urina, encaminhadas ao Lacen (Laboratório Central) para análise toxicológica. A suspeita é de possível intoxicação alcoólica, inclusive por metanol.
Por determinação do delegado plantonista da Depac/Cepol, Willian Oliveira, investigadores recolheram outros frascos de bebidas alcoólicas encontrados na residência da vítima, no Jardim Colibri. O corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame necroscópico.
A Polícia Civil disse que ainda não há informações a serem repassadas diante do início das investigações, a cargo da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo).
Já a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, disse, em nota ao portal, que em respeito à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e ao princípio constitucional da inviolabilidade da intimidade, não repassaria dados individualizados sobre pacientes.