Marcieli de Jesus Vieira e Eduardo José Barbosa, mãe e padrasto do pequeno Jhemerson de Jesus Belmonte, foram condenados pela morte do menino de 2 anos, ocorrida fevereiro de 2024, em Campo Grande. Cada um deles foi condenado a 1 ano e 6 meses de prisão em regime aberto, por lesão corporal seguida de morte, após a Justiça desclassificar o crime inicialmente tratado como homicídio.
A sentença foi proferida pelo juiz Carlos Alberto Garcete, durante julgamento no Tribunal do Júri de Campo Grande. Segundo os autos, Eduardo agiu com imprudência ao colocar a criança sobre um muro de mais de dois metros de altura. Em depoimento, ele afirmou que ao tentar pular o muro, o menino teria se assustado e caído para dentro do terreno.
Ainda segundo o magistrado, o comportamento do réu foi “manifestamente imprudente e insensato”.
Marcieli e Eduardo já estavam em liberdade desde o início deste ano.
Relembre o caso
Jhemerson foi internado em estado gravíssimo na Santa Casa de Campo Grande no dia 23 de janeiro de 2024. Após 20 dias em coma na UTI, ele morreu em 12 de fevereiro. O caso causou forte comoção em Campo Grande e ganhou repercussão estadual.
Na ocasião, os médicos estranharam as explicações da mãe sobre os ferimentos e acionaram as autoridades. Ela relatou que o filho havia caído de um degrau enquanto brincava com a irmã de 4 anos. No entanto, os exames médicos apontaram lesões incompatíveis com esse tipo de queda.
As investigações avançaram após a análise de imagens de câmeras de segurança, que mostraram contradições nas versões apresentadas por Marcieli e Eduardo. A localização da suposta queda também não correspondia com os relatos do casal, o que reforçou a suspeita de que a criança foi agredida.
Além disso, durante a internação do menino, a mãe o visitou apenas nos dois primeiros dias e ficou desaparecida por quase uma semana. Já o padrasto foi localizado dias depois caminhando sozinho pela BR-262, na saída para Terenos. Ao ser abordado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), ele apresentou nervosismo, tentou fornecer dados falsos e não portava documentos.
A médica responsável pelo atendimento da criança notificou o Conselho Tutelar e, com o agravamento do quadro, o caso passou a ser tratado como possível crime.
fonte: Topmidia News